Deborah Evelyn na edição de março da revista Camarim

domingo, 13 de março de 2011

Agora foi a vez da atriz Deborah Evelyn estampar a capa da revista Camarim deste mês de março.  A atriz fala sobre sua personagem na peça Deus da Carnificina e sobre a vilã Eunice da novela `Insensato Coração´.  Confira a entrevista completa:

UMA ATRIZ DE TALENTO

Deborah Evelyn retorna à TV em seu melhor momento profissional


Talentosa é o adjetivo perfeito para definir essa atriz carioca que emociona o telespectador com sua interpretação convincente. Após um período longe da telinha, Deborah Evelyn retorna às novelas na pele de Eunice, uma das vilãs da trama 'Insensato Coração', de Gilberto Braga e Ricardo Linhares.

No folhetim, a atriz interpreta uma mulher invejosa, que faz de tudo para conquistar os seus objetivos. De acordo com a própria, a personagem não tem caráter: "Eunice é completamente manipuladora, se acha o centro do mundo....e que o mundo deve a ela", entregou a intérprete. Sem dúvida, essa será mais uma personagem marcante na vida da atriz. Além da TV, Deborah está no elenco do espetáculo 'Deus da Carnificina', de Yasmina Reza, que entra este mês em turnê pelo Brasil.

Em um fim de semana de fevereiro, a estrela recebeu nossa equipe em seu camarim, e falou sobre o seu início profissional, a importância em atuar e revelou como é a Deborah "fora dos holofotes": "Sou completamente igual a todo mundo", declarou a artista.

A seguir, confira a entrevista dessa atriz notável.

Revista Camarim(RC): Em 'Insensato Coração' , você interpreta uma mulher intensa. Como foi a composição da personagem? Você se inspirou em alguém?
Não especificamente. O texto do Gilberto [Braga] e do Ricardo [Linhares] é muito bem escrito, então é só estudar muito. Está tudo ali nas linhas escritas por eles. Acho que todos nós conhecemos algumas "Eunices".

RC: Qual a sua definição para a personagem?
O Ricardo Linhares deu uma definição para ela que eu acho ótima: a Eunice é a Lady Macbeth de Florianópolis. Guardadas as devidas proporções, ela é isso mesmo: completamente manipuladora, se acha o centro do mundo, acha que está sempre certa e que o mundo deve a ela. É capaz de fazer o que for preciso para conseguir o que acha que merece e usa quem precisar para isso.

RC: Eunice tem um pouco de Beatriz Amorim, sua personagem na novela 'Celebridades' [também escrita por Gilberto Braga]?
A Beatriz era bem mais sofisticada e sua obsessão era pelo marido. Acho que a essência das duas é diferente. O Gilberto [Braga], além de um grande autor, é muito generoso, ele sempre tem ótimas histórias para seus personagens.


RC: Qual a importância da arte de interpretar em sua vida?
Poder viver da profissão que eu escolhi é um privilégio no Brasil, ainda mais quando essa profissão está ligada à cultura, à arte. Eu não sei o que eu seria se não fosse atriz. Não sei se alguma outra coisa me daria o prazer que eu tenho ao interpretar uma personagem.

RC: Como foi o início de sua carreira? Você passou por dificuldades?
Eu cursei a EAD, escola de teatro da USP e, para entrar lá, uma das fases do vestibular é uma prova prática onde você apresenta uma cena para uma banca e para o público. O Walter Avancini estava no público no dia do meu teste e me chamou para fazer a minissérie 'Moinhos de Vento'. Depois disso, fui chamada para algumas outras produções, mas só a minissérie 'Meu destino é pecar' consegui conciliar com os estudos. Quando acabei a EAD, vim para o Rio e fiz minha primeira novela, 'A Gata Comeu', de Ivani Ribeiro.

RC: Qual foi seu primeiro espetáculo profissional? Como se sentiu?
Na EAD eu fiz dois espetáculos que ficaram em cartaz, 'Laços' e 'O Bravo Soldado Schweick'. No Rio, meu primeiro espetáculo foi 'Ligações Perigosas'. Eu me lembro de pensar: "eu estou fazendo o que eu amo e ainda ganho para isso?!?!"

RC: Qual é a sensação de dividir o palco no espetáculo 'Deus da Carnificina' com os atores Paulo Betti, Orã Figueiredo e Júlia Lemmertz?
É maravilhosa!!Nós nos damos muito bem em cena e fora dela e isso é essencial para uma temporada teatral. Além disso, eu assisti a montagem original do espetáculo em 2008, em Berlim, e fiquei muito impressionada, adorei o texto e a montagem.

RC:Com quem você dividiria o Camarim?
Camarim, para mim, é um lugar muito importante; é a extensão da minha casa. Eu preciso poder ficar à vontade no meu camarim; gosto de conversar, relaxar, rir, falar bobagem e até dormir quando for preciso. Então, gosto de dividi-lo com pessoas queridas. Além da Julinha [Lemmertz], Paulo [Betti] e Orã [Figueiredo], com quem eu estou dividindo atualmente, eu adoraria dividir com a Betty Gofman, Renata Sorrah, Malu Mader, Ingrid Guimarães, Flavia Alessandra, Mônica Torres, Claudia Abreu, Emilio de Mello, Otavio Muller, Luiz Henrique Nogueira....enfim, com os meus amigos.

RC: Como é a Deborah Evelyn fora do Camarim?
Completamente normal. Sou a mãe da Luiza, minha filha querida. Sou a filha da Suzanna e do Harold, irmã da Vivian e do Carlos. Sou neta, tia, sobr inha, amiga, prima. . .enf im, sou completamente igual a todo mundo.

RC: Deixe um recado para os seus fãs.
Muito obrigada pelo carinho que eu sempre recebi. Beijos para todos!!!

Jogo Rápido

RC: O que irrita você? Por quê?
Desonestidade, traição. Porque eu gosto de poder ficar à vontade com quem eu gosto. Eu gosto de poder confiar em quem está perto de mim.

RC: Personagens marcantes na TV?
Eu adorei e achei marcantes praticamente todas as personagens que fiz, mas poderia destacar a Beatrizde 'Celebridades', a Alcmena de 'A Muralha' e a Judith de 'Caras e Bocas'.

RC: Seu maior ídolo?
Como ator, Al Pacino.

RC: Seu maior medo?
Perder uma pessoa que eu amo. Na cul tura ocidental , não estamos preparados para lidar com a morte.

RC: Seu maior sonho?
Poder viver a minha vida rodeada das pessoas que eu amo.

RC: Ser atriz é...
...ganhar a vida brincando de "faz de conta". Mas essa "brincadeira" não é fácil não.

Site da revista: www.revistacamarim.com.br

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